O segredo do sucesso - Fazer da paixão uma brincadeira e da brincadeira um negócio!
Oi gente!
O post de hoje é direcionado à quem tem criança em casa e, por isso, quero contar o quanto foi importante a escolha do meu presente no Dia das Crianças do ano de 1992, quando eu tinha 9 anos. Meus pais me levaram à antiga loja Superfestas para escolher um presente. #FelicidadePlena para uma criança, né? De cara, logo na entrada da loja, tinha um tigre de pelúcia lindo, bem fofinho, com uma expressão muito simpática. Como qualquer criança, exclamei "Quero esse mãe!" Ela olhou e não gostou muito da minha opção. Pediu que eu não me jogasse na primeira coisa bonitinha que visse à frente e aprendesse a escolher melhor. Fui atrás dela, contrariada, com aquele bicho debaixo do braço, olhando o restante das prateleiras - já certa da minha decisão. Meu pai chegou até a sessão dos jogos e eles me instigaram a escolher algo "não estático", pois sabiam que aquele tigre seria meu companheiro nos primeiros dias, mas logo estaria jogado em algum canto do quarto. Ofereceram Lego, jogos de tabuleiro, essas coisas.
Não lembro qual deles pegou da prateleira uma caixa meio rosa e me mostrou. "Olha,
Elisa! Maquininha de Tricot! O que tu achas?
"Mas eu já sei fazer tricot, mãe... A Vó me ensinou!" E segui firme com o tigre. Estava sonhando em dormir abraçada com aquele bichano.
A minha sorte foi ter pais mais persistentes do que minha teimosia, e eles acabaram conseguindo me convencer a levar a tal Maquininha. Me explicaram que eu aproveitaria muito mais, que bicho de pelúcia não é bom por causa dos ácaros, e uma série de outras coisas até que comecei a gostar da ideia de fazer tricot na máquina e não à mão.
Enfim, chegando em casa, lemos juntos o manual e logo aprendi a fazer o tal tricot circular - uma das funções da máquina. Comecei a fazer e, assim como com os bordados, fiquei viciada naquilo! (Dá uma olhada sobre a Terapia do Bordado AQUI!) Cheguei a usar um dos novelos até o fim no mesmo dia. Em seguida aprendi a mudar de cor num mesmo trabalho. E depois a fechá-lo com pontos à mão. Passado mais alguns dias, aprendi a fazer bonecas de tricot - com cabelo, olhos e personalidade. Saiu também cachecol, roupa de Barbie e muitos, mas muitos pompons coloridos. Tudo feito naquele fantástico brinquedo cor de rosa. Às vezes a lã terminava, e eu queria seguir fazendo. Então eu desmanchava o trabalho para ter material e continuar brincando.
Quando fiz 10 bonecas, resolvi empreender. Não tive a fase das pulseirinhas de miçangas, então acho que esse foi meu primeiro negócio: Fábrica de Bonecas de Tricot. Toda a renda era revertida em... novelos de lã! O negócio cresceu e eu chamei uma "sócia", minha vizinha Deise haha! Nos reuníamos no turno inverso ao do colégio para tricotar e, depois de ter o estoque abastecido, dávamos uma volta na quadra, muitas vezes de bicicleta, para vender na vizinhança.
Não lembro exatamente quanto tempo fui feliz e entusiasmada com minha Maquininha, posso dizer que mais de um ano, talvez. Considero isso um grande recorde levando em conta a média geral que dura a "empolgação" de um brinquedo. Por ser algo que mexe com a criatividade da criança, o divertimento se auto renova, fazendo com que se descubra inúmeras possibilidades a cada manuseio.
E eu queria ganhar um bicho de pelúcia...
Frequentemente encontro crianças com este espírito empreendedor. Vejo meninas fazendo acessórios de miçangas ou aquelas pulseiras de borrachinhas, e acho fantástico quando tem a iniciativa de sair para vender. Esse gesto deve ser sempre incentivado.
O que eu quero com essa história é chamar atenção para a importância dos brinquedos que escolhemos paras nossas crianças. Há uma infinidade deles, de todos os tipos, cores e personagens. Mas aqueles que despertam a imaginação e incentivam a criatividade, o faça você mesmo, trazem muito mais benefícios que brinquedos estáticos, como bichos de pelúcia e bonecos.
Essa Maquininha de Tricot está na EstiLisot para quem quiser espiar, tocar e tricotar. Se ela foi responsável pela minha profissão de hoje, só tenho a agradecer à Glasslite!
E você, tem algum brinquedo que marcou a infância de uma forma inesperada?
Beijos,
Elisa